segunda-feira, 28 de março de 2011

Sufoco (poema)

Busco o ar,
Um ténue sopro que seja...

Movo-me frenéticamente
Desesperadamente procurando

E se abrir os olhos?

Vejo os limites, as saídas, os caminhos.
Precorro-os...
Tento mas os pés não descolam

Verifico as asas. Estão cá.
E se voar?

Olho céu...
Não o há.

Um pano pardo e sem cor,
Demasiado quente e ausente,
Uma miragem de paisagem desértica...
Um espelho que olho
De onde me olham...

Grito,
Não sai som.
Respiro fundo,
Não entra ar.