Passado bastante tempo sem publicar nada (à espera do que não vem) estou de volta.
O que hoje me motivou a escrever? Música por todo o lado...
É o cartaz da queima que é um atentado (já explico), a nova música da Rita Redshoes (já digo), o novo single dos Deolinda (já comento), o Vagos Open Air (mais detalhes à frente)...
1. Cartaz Queima das Fitas Coimbra 2010
Já o critiquei tanto que nem sei em que linha pegar... bem é mais que óbvio que este é um cartaz que vai encher (insuportavelmente) o recinto, pena que não seja de estudantes.
Vamos ter a Daniela Mercury e tudo a tentar dançar no meio da confusão, vamos ter o Tony Carreira e acampamentos de excursões de senhoras de meia-idade à porta do recinto com cartazes a dizer "Tony és lindo". Vamos ter as meninas calorentas do secundário a abanarem-se no caos para ouvir o caos que são os Buraka... Que vamos ter mais? Electrónica, House, DJ’s, pessoas que não são verdadeiros músicos. Podem misturar música, podem editar música, não fazem música, não são músicos.
Depois temos sempre o Quim Barreiros que já nem conta para as estatísticas. O dia do cortejo é um dia à parte.
Temos ainda a única coisa que se aproveita até agora, Amália Hoje, mas que já está tão batido e calhou num dia tão mau que não sei o que será.
Agora pergunto: a semana académica não devia ser para os estudantes? Não existem (verdadeiros) artistas nacionais que permitiriam um cartaz variado, apelativo e mais baratinho? Posso atirar alguns nomes ao ar (gostando ou não): David Fonseca, Tiago Bettencourt & Mantha, Rita Redshoes, Deolinda, Xutos & Pontapés (que é feito da sua assídua presença nas festas académicas de Coimbra?), Jorge Palma, Moonspell, Da Weasel, Legendary, Tiger Man, Rui Veloso, etc.
Vou ficar por aqui aguardando mais novidades e na esperança de que essas sejam mais alegres.
2. "Captain of my Soul" - Rita Redshoes
A primeira música a sair para a rua do novo álbum da Rita Redshoes. Está dentro daquilo a que a Rita nos habituou, sendo ela uma das melhores vozes femininas nacionais. Quero ouvir o resto do álbum...
3. "Um contra o outro" - Deolinda
Primeiro single do novo álbum. Videoclip bastante interessante em vários aspectos, música à Deolinda com a crítica social lá metida e direccionada para o público (não nos faz querer critica também, faz-nos pensar na nossa atitude). Viva os Deolinda! Uma lufada de ar fresco com toques de fado e simultaneamente com uma sonoridade bem original e peculiar que a brincar nos vão dizendo umas verdades.
4. Vagos Open Air 2010
Segunda edição do festival de metal. Este ano os nomes são: Amorphis, Ensiferum, Ghost Brigade e Kamelot.
Kamelot é uma das minhas bandas favoritas, dentro do metal é mesmo a favorita. Qualidade e originalidade musical aliadas a uma das melhores vozes do planeta (não sou só eu que o digo).
A banda metal que recomendo até a quem não gosta do género.
Bem,quanto ao festival, claro que vou!
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 21 de março de 2010
21 de Março: dia da poesia e da árvore (Camões e fotografia)
Como gosto muito de poesia e de árvores não podia deixar passar este dia sem uma pequena homenagem às ditas.
Fica aqui um soneto de Camões e algumas fotografias que tirei.
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Fica aqui um soneto de Camões e algumas fotografias que tirei.
Árvore, cujo pomo, belo e brando,
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
nunca da ira e do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de ar te seja extinta
a cor, que está teu fruito debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
nunca da ira e do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de ar te seja extinta
a cor, que está teu fruito debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
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1- Parque Verde Coimbra
2 - Santa Maria da Feira
3 - Góis
4 - Quinta das Lágrimas Coimbra
(e peço desculpa a quem já viu esta mais do que muitas
vezes, mas não podia deixar de a incluir aqui)
5 - Foz Côa
segunda-feira, 15 de março de 2010
Divagações: I. Dia útil; II. Raça?; III. Por agora não
I. Dia útil
Quantos são os dias em que mais nada fazemos do que desenhar dúvidas na nossa cabeça: o que andamos aqui a fazer? O que hei-de fazer? Qual o sentido da minha vida? E quantas mais! Depois há outros dias em que fazemos tudo, em que nos sentimos alguém, onde um pequeno gesto preenche uma colecção de dias de nulidade exestencial. Pois é, bastou inscrever-me na base de dados de dadores da medula óssea para me sentir mais alguém. Agora a única questão que coloco é porque não o fiz antes.
II. Raça?
Mas alguém ainda coloca a questão: "existem raças?"? Perante dados científicos, perante evidências culturais, perante a razão humana, não podem existir raças. E não existem. Isto é aquilo que é, aquilo que para mim sempre foi e aquilo que aprendi. Mas e a aplicação da "raça"? Essa ainda existe? Está por todo o lado... não só nos indivíduos caracteristicamente racistas como no próprio sistema de saúde. Para a dita inscrição na referida base de dados tive que preencher um questionário onde um dos parâmetros era "Etnia", ou seja, uma raça mascarada. Com a esperança de que aquilo não fosse o que estava a pensar perguntei o que deveria responder, a resposta obtida foi "caucasiana ou branca". Mais comentários não teço, que cada um sentirá com a situação o que tiver de sentir.
III. Por agora não
Este recente blog começou com poesia, está infectado de poesia... Afinal é o meu blog e eu sou uma crente praticante da poesia. Contudo, nos próximos tempos não vai haver por aqui mais pseudo-poesia, salvo se esta for antiga ou de outro alguém. Depois talvez explique.
Quantos são os dias em que mais nada fazemos do que desenhar dúvidas na nossa cabeça: o que andamos aqui a fazer? O que hei-de fazer? Qual o sentido da minha vida? E quantas mais! Depois há outros dias em que fazemos tudo, em que nos sentimos alguém, onde um pequeno gesto preenche uma colecção de dias de nulidade exestencial. Pois é, bastou inscrever-me na base de dados de dadores da medula óssea para me sentir mais alguém. Agora a única questão que coloco é porque não o fiz antes.
II. Raça?
Mas alguém ainda coloca a questão: "existem raças?"? Perante dados científicos, perante evidências culturais, perante a razão humana, não podem existir raças. E não existem. Isto é aquilo que é, aquilo que para mim sempre foi e aquilo que aprendi. Mas e a aplicação da "raça"? Essa ainda existe? Está por todo o lado... não só nos indivíduos caracteristicamente racistas como no próprio sistema de saúde. Para a dita inscrição na referida base de dados tive que preencher um questionário onde um dos parâmetros era "Etnia", ou seja, uma raça mascarada. Com a esperança de que aquilo não fosse o que estava a pensar perguntei o que deveria responder, a resposta obtida foi "caucasiana ou branca". Mais comentários não teço, que cada um sentirá com a situação o que tiver de sentir.
III. Por agora não
Este recente blog começou com poesia, está infectado de poesia... Afinal é o meu blog e eu sou uma crente praticante da poesia. Contudo, nos próximos tempos não vai haver por aqui mais pseudo-poesia, salvo se esta for antiga ou de outro alguém. Depois talvez explique.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Estou além
Definitivamente a malta do festival da canção (sim vi e sim fiquei deprimida) deveria aprender alguma coisa com os excelentes letristas do cenário musical nacional.
Um dos SENHORES desta àrea (e não só, mas agora é esta que quero destacar) é António Variações.
Segue-se a letra da "Estou além", uma das minhas músicas.
_____________________________________________________________________________________
Estou Além
Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
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Um dos SENHORES desta àrea (e não só, mas agora é esta que quero destacar) é António Variações.
Segue-se a letra da "Estou além", uma das minhas músicas.
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Estou Além
Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
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domingo, 28 de fevereiro de 2010
Depois não digam que ele não avisou...
Ainda hoje ouvia a minha mãe ao telemóvel: "è que são coisas à mais... são muitas coisas!". Isto sobre o Haiti, a Madeira, o Chile, o temporal que nos deixou sem electricidade durante um dia, a possibilidade de ilhas poderem desaparecer do mapa...
Pois é, eu já te tinha avisado mãe! A reciclagem não é só um capricho meu nem um desconforto de quem vai depositar o lixo, é um pequeno acto que pode fazer algo. E quando não quero que o pai não vá cortar um pinheiro para o Natal também não é pura teimosia, é querer manter um dos maiores patrimónios da humanidade, a floresta. Quando me revolto com notícias sobre casas a serem destruídas nas costas ou sobre novas e "divinas" barragens não é por ser do contra ou por ser comunista e estar sempre em desacordo com o governo, é porque tudo neste mundo está inserido em algo maior, num ciclo equilibrado e perfeito mas facilmente quebrado.
O planeta é perfeito mas sensível.
Ele avisa-nos com catástrofes, climas em revolução, praias a desaparecer... e nós nem assim alteramos a nossa atitude. Devemos proteger a nossa casa e se não o fazemos por ela ou pelo amanhã façamo-lo por nós! Sim, porque já não é só o amanhã, a posssibilidade de um fim do mundo já não é só um mito Maia, a Atlântida pode sair do estatuto de "teoria da conspiração" e tudo isto já! E tudo isto não por culpa ou castigo de Deus mas por culpa nossa. E tudo isto poderá matar-nos, não haverá arca de Noé que nos salve desta vez.
O melhor será mesmo em vez de esperar um juízo final ou de começar a construir uma arca repar a casa em que nos encontramos, agir agora e não reportar tudo para os outros ou para mais logo.
As consequências dos danos causados ao planeta estão à nossa frente, depois não digam que ele não avisou...
Pois é, eu já te tinha avisado mãe! A reciclagem não é só um capricho meu nem um desconforto de quem vai depositar o lixo, é um pequeno acto que pode fazer algo. E quando não quero que o pai não vá cortar um pinheiro para o Natal também não é pura teimosia, é querer manter um dos maiores patrimónios da humanidade, a floresta. Quando me revolto com notícias sobre casas a serem destruídas nas costas ou sobre novas e "divinas" barragens não é por ser do contra ou por ser comunista e estar sempre em desacordo com o governo, é porque tudo neste mundo está inserido em algo maior, num ciclo equilibrado e perfeito mas facilmente quebrado.
O planeta é perfeito mas sensível.
Ele avisa-nos com catástrofes, climas em revolução, praias a desaparecer... e nós nem assim alteramos a nossa atitude. Devemos proteger a nossa casa e se não o fazemos por ela ou pelo amanhã façamo-lo por nós! Sim, porque já não é só o amanhã, a posssibilidade de um fim do mundo já não é só um mito Maia, a Atlântida pode sair do estatuto de "teoria da conspiração" e tudo isto já! E tudo isto não por culpa ou castigo de Deus mas por culpa nossa. E tudo isto poderá matar-nos, não haverá arca de Noé que nos salve desta vez.
O melhor será mesmo em vez de esperar um juízo final ou de começar a construir uma arca repar a casa em que nos encontramos, agir agora e não reportar tudo para os outros ou para mais logo.
As consequências dos danos causados ao planeta estão à nossa frente, depois não digam que ele não avisou...
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